segunda-feira, 4 de julho de 2011

-O MAIS COMUM DOS MISTÉRIOS-

            O pobre, o rico, quem quer que seja
           Jamais pode, mesmo querendo,
           Dominar ou determinar
           Sua própria sorte, o seu destino.
           São alegrias, tristezas,
           Sendo corajosos ou temendo,
           Nunca poderemos preencher ou negar
           O nosso eterno vazio. 
           Pois há sempre um querer
           E o medo morrendo
           De não se conseguir realizar
            A nossa utopia, o nosso sonho tardio.
           O que não se pode entender
           É o quanto somos frágeis e fortes
           Nos entregando incontinentes às paixões
           E combatendo loucamente os desafios.
           Será que não nos cabe a compreensão?
           Ou não somos merecedores
           De destilar a razão
           Por nossos gozos ou dores?
           O que se espera, enfim,
           É que mesmo contradizendo a “formula”,
           Continuemos buscando o ponto de partida,
           Algo que elucide a própria essência da vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário